Descanse em Paz ...
A minha homenagem, bem singela, a um enorme nome da nossa Cultura, Vasco da Graça Moura...
"espaço interiorquando o poemasão restos do naufrágio
do espaço interior
numa furtiva luz
desesperada,
resvalando até
à superfície,
lisa, firme, compacta,
das coisas que todos
os dias agarramos,
quando
o poema as envolve
numa aura verbal
e se incorpora nelas,
ou são elas a impor-lhe
a sua metafísica
e o espaço exterior
que povoam de
temporalidades eriçadas,
luzes cruas, sons ínfimos, poeiras. "
Vasco Graça Moura, in "Antologia dos Sessenta Anos"
Olá, António.
ResponderEliminarHá pouco mais de um mês falamos aqui em Vasco Graça Moura e ambos escrevemos acerca de o coração deixar de bater.
Eu acho que referi um verso " Já deixou de ser vermelho um coração que bateu", e o António : " Quando eu morrer segura a minha mão".
É a segunda homenagem que o António presta a VGM, esta, infelizmente, já é a derradeira.
Neste momento só me ocorre este excerto de um poema de João de Deus:
" A vida é o dia de hoje,
a vida é ai que mal soa,
a vida é sombra que foge,
a vida é nuvem que voa;
a vida é sonho tão leve
que se desfaz como a neve
e como o fumo se esvai:
A vida dura um momento,
mais leve que o pensamento,
a vida leva-a o vento,
a vida é folha que cai!"
Que descanse em Paz.
Um beijo e uma boa noite para si, António.
Janita
Bom dia, Janita,
ResponderEliminarMaravilha de poema.
Nem sei que mais dizer. Desejo-lhe uma óptima semana, cheia de Sol. Já chega de chuva...
Um beijo,
António