Descanse em Paz ...
A minha homenagem, bem singela, a um enorme nome da nossa Cultura, Vasco da Graça Moura...
"espaço interiorquando o poemasão restos do naufrágio
do espaço interior
numa furtiva luz
desesperada,
resvalando até
à superfície,
lisa, firme, compacta,
das coisas que todos
os dias agarramos,
quando
o poema as envolve
numa aura verbal
e se incorpora nelas,
ou são elas a impor-lhe
a sua metafísica
e o espaço exterior
que povoam de
temporalidades eriçadas,
luzes cruas, sons ínfimos, poeiras. "
Vasco Graça Moura, in "Antologia dos Sessenta Anos"