quarta-feira, 23 de outubro de 2013



Chove...

Muito... Apesar de ser Outono, está uma tarde invernosa a convidar à melancolia, à leitura. De repente, lembrei-me deste poema que aqui vos deixo... 

"Chuva

Chove uma grossa chuva inesperada
que a tarde não pediu mas agradece.
Chove na rua, já de si molhada
duma vida que é chuva e não parece.
Chove, grossa e constante,
uma paz que há-de ser.
Uma gota invisível e distante
na janela, a escorrer."

Miguel Torga

4 comentários:

  1. Com esta postagem, deixou-me completamente apaziguada!
    Tocou no meu ponto fraco...foi directo ao meu 'calcanhar de Aquiles'!!
    Afinal, não é um ser vulgar - como diz no seu perfil - Assim à priori, eu diria que é um ser normal, dotado de muita sensibilidade e um grande sentido poético.
    E esta, hein?
    Por este andar ainda vamos ficar amigos...:)

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  2. Por que não?... A AMIZADE é das coisas melhores que poderemos ter. Claro que sou um ser vulgar. Deixo-lhe um pensamento de Ralph Emerson sobre a amizade:
    "Um amigo pode bem ser considerado a obra-prima da natureza"
    " A friend may well be reckoned the masterpiece of nature."
    Boa noite.
    António

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    1. Vim desejar-lhe um bom fim-de-semana, sem chuva e com um sol acolhedor, ainda que não seja a pino...esse é de Verão!


      "O sol, a pino, lambia os bagos de alvarelhão,
      besuntava-se de melaço, escorria em calda pelas cepas abaixo.
      As lajes de xisto reluziam como brasas pela encosta acima.
      Ao fundo, o Doiro, morno, pesado, cor de tijolo, lembrava a água de uma grande barrela que alguém fizesse lá para as bandas do Pocinho."

      ( Miguel Torga, quem mais poderia ser?)

      Janita

      :)

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  3. A chuva faz parte...e há dias em que não me importo de a ter por perto.

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