Carnaval...
Neste dia de Carnaval, lembrei-me de vos deixar este soneto.
"Soneto de CarnavalDistante o meu amor, se me afigura
O amor como um patético tormento
Pensar nele é morrer de desventura
Não pensar é matar meu pensamento.
Seu mais doce desejo se amargura
Todo o instante perdido é um sofrimento
Cada beijo lembrado é uma tortura
Um ciúme do próprio ciumento.
E vivemos partindo, ela de mim
E eu dela, enquanto breves vão-se os anos
Para a grande partida que há no fim
De toda a vida e todo o amor humanos:
Mas tranquila ela sabe, e eu sei tranquilo
Que se um fica o outro parte a redimi-lo. "
Vinicius de Moraes, in 'Antologia Poética'Soneto à parte, espero que, na medida do possível, se tenham divertido...
O amor nunca é patético. Só para quem está de fora.
ResponderEliminarGostei.
beijo
Bem-vinda, Pérola. Na verdade, o Amor nunca é patético. Nós, por vezes, é que somos patetas... nem reparamos nele-
Eliminarbeijo
E lembrou-se muito bem, António!
ResponderEliminarO soneto é belíssimo e não tem nada de carnavalesco. Muito pelo contrário, é um lindo desabafo amoroso que me deixou tão melancólica, como uma quarta-feira de cinzas.
Bom, então, soneto à parte, eu diverti-me imenso a aspirar e limpar o carro, com a chuva a entrar-me pela garagem dentro.
Amanhã é dia de trabalho e 5ª feira tenho que ir com ele à inspecção. Uma diversão pegada!
Um beijo e bom resto de semana.
Janita
Janita, não era minha intenção deixá-la tão melancólica... Ainda bem que, apesar da melancolia, gostou. Bom trabalho e sucesso com a inspecção. Um belo resto de semana.
EliminarUm beijo
Claro, que não era sua intenção trazer melancolia a ninguém, António!
EliminarNão se preocupe...isto já é defeito - ou será feitio? - meu! :)
Um abraço e um beijo ( como combinado)
:))
Janita