Um poeta e um poema por dia - I
A partir de hoje, se for capaz, deixarei aqui um poema. Vou começar com António Botto:"Quem não Ama não Vive
Já na minha alma se apagamAs alegrias que eu tive;
Só quem ama tem tristezas,
Mas quem não ama não vive.
Andam pétalas e fôlhas
Bailando no ár sombrío;
E as lágrimas, dos meus olhos,
Vão correndo ao desafio.
Em tudo vejo Saudades!
A terra parece mórta.
- Ó vento que tudo lévas,
Não venhas á minha pórta!
E as minhas rosas vermelhas,
As rosas, no meu jardim,
Parecem, assim cahidas,
Restos de um grande festim!
Meu coração desgraçado,
Bebe ainda mais licôr!
- Que importa morrer amando,
Que importa morrer d'amôr!
E vem ouvir bem-amado
Senhor que eu nunca mais vi:
- Morro mas levo commigo
Alguma cousa de ti. "
António Botto, in 'Canções'
Excelente iniciativa, António! Ainda bem que sacudiu a preguiça.
ResponderEliminarComo adoro poesia, esta sua ideia caiu como sopa no mel!
Iniciou da melhor maneira, com o nosso António Botto.
Como também gosto de versejar, se a tanto me chegar o engenho e a arte e tiver a sua permissão, tentarei deixar-lhe uma quadra de acordo com o que for postado.
Hoje, fica esta, assim a modos que um pouco mal-amanhada!
Sinto a Saudade Viva
A latejar-me no peito
Tal como um barco à deriva
Que nunca chega ao meu leito...
Ainda um dia lhe vou deixar o link de um post da minha amiga Fê Blue Bird, de uma bela Desgarrada, que ela começou. Foram uns dias de animação indescritível.
Nunca me diverti tanto na blogosfera como naquela altura.
Desejo-lhe uma boa noite e deixo um beijo e um abraço!:)
Janita
Bom dia, Janita. Gostei da quadra e não está nada mal amanhada. Bem pelo contrário. Fico à espera de mais.
ResponderEliminarEspero que a inspecção tenha corrido bem.
Um beijo e um abraço,
António