segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Ano Novo...

Que o 'gajo' que aí vem - 2014 - seja melhor, mesmo muito melhor que este que aí vai... Haja esperança...

Deixo-vos este poema:

"Esperança

Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano
Vive uma louca chamada Esperança
E ela pensa que quando todas as sirenas
Todas as buzinas
Todos os reco-recos tocarem
- Ó delicioso vôo!
Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,
Outra vez criança…
E em torno dela indagará o povo:
- Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?
E ela lhes dirá
(É preciso dizer-lhes tudo de novo!)
Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam:
- O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA…"

Mário Quintana
 

 

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Natal

Com os desejos de um Bom e Santo Natal. Que, apesar de tudo, sejamos capazes de ultrapassar todas as vicissitudes deste Mundo que nos rodeia...
Deixo-vos este poema de Sebastião da Gama. 

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Formidável...

" O menu da casa

Toda a gente viu nas notícias o bando vestido de preto que atacou o Estádio do Dragão. Muito menos gente terá visto o bando, de traje indeterminado, que atacou uma loja McDonald's em Lisboa durante a manifestação do movimento Que se lixa a Troika. Os primeiros moviam-se pelo ódio ao FC Porto, eram violentos e foram unanimemente condenados, os segundos inspiravam-se no ódio ao capitalismo, viram-se descritos como 'ordeiros' e suscitaram a natural simpatia do jornalismo indígena, que acolhe qualquer acto de delinquência desde que perpetrado por T-shirts de 'Che' Guevara.

Eu, que não sabia haver um modo ordeiro de invadir propriedade alheia, limito-me a estranhar que o McDonald's seja um alvo privilegiado dessa gente. Fosse para gritar palavras de ordem ou para comprar um cheeseburger, nunca entrei num estabelecimento do franchise em Portugal. Mas, na América, já visitei  dois ou três e observei casualmente dezenas, investigação que me permitiu constatar os baixíssimos preços e o baixíssimo estatuto social dos clientes. Eis uma evidência: o McDonald's vende comida barata (também) para pessoas com pouco dinheiro, incluindo indigentes que aproveitam o espaço quentinho para passar a noite na companhia de um café. Dentro das empresas naturalmente devotadas ao lucro, não conheço outra mais próxima das necessidades dos infelizes e, se a palavra não for excessiva, da caridade. Sem fazer alarde disso.

Alarde, ainda por cima injustificado, faz o Que se Lixe a Troika. Embora os seus membros berrem imenso em prol dos pobres, contestam a existência de firmas que empregam milhares e servem milhões. Os salários são baixos e a nutrição sofrível? Não duvido. Duvido é que o Que se Lixe a Troika, de que um dos porta-vozes trabalhou em tempos como publicitário ao serviço de uma certa multinacional alimentar cujo nome começa por
'M', perceba que,para imensos cidadãos, um salário mínimo é preferível a salário nenhum. E que um McMenu a troco de uns trocos é uma alternativa não demasiado deprimente ao cherne, 
Se o objectivo o bando é maçar os abonados, podiam invadir o Lux ou a Bica do Sapato, onde por exemplo o cherne na brasa fica por 32 euros. Porém, além de igualmente criminosa, a proeza seria duplamente estúpida: é nesses lugares que inúmeros adeptos do Que se Lixe a Troika conspiram a aniquilação do capital.Os restantes comunicam por iPhone."

Alberto Gonçalves, Sociólogo in Juízo Final -  revista Sábado -  31 de Outubro de 2013.



quarta-feira, 23 de outubro de 2013



Chove...

Muito... Apesar de ser Outono, está uma tarde invernosa a convidar à melancolia, à leitura. De repente, lembrei-me deste poema que aqui vos deixo... 

"Chuva

Chove uma grossa chuva inesperada
que a tarde não pediu mas agradece.
Chove na rua, já de si molhada
duma vida que é chuva e não parece.
Chove, grossa e constante,
uma paz que há-de ser.
Uma gota invisível e distante
na janela, a escorrer."

Miguel Torga

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

A propósito de orçamento...

" O orçamento nacional deve ser equilibrado. As dívidas devem ser reduzidas, a arrogância das autoridades deve ser moderada e controlada. Os pagamentos a governos estrangeiros devem ser reduzidos se a nação não quiser ir à falência. As pessoas devem, novamente, aprender a trabalhar, em vez de viver por conta pública."

Marcus Tullius Cícero  106 AC- 43 AC