quarta-feira, 9 de abril de 2014

Memórias de leituras...

Espero que gostem...

"A caminho daqui vi coisas maravilhosas para pintar, mas nunca soube pintar. Sei de coisas maravilhosas para escrever e nem sequer consigo escrever uma carta que não seja estúpida. Nunca quis ser pintora nem escritora até chegar a este país. Agora, é como estar-se sempre esfomeado e não haver maneira de o remediar."
....

"Chovera copiosamente e o tempo arrefecera. Encontravam-se na penumbra fresca e abrigada do quarto enorme do Palace, onde tinham tomado banho na água profunda da banheira e depois tinham retirado a tampa e a água escorrera com toda a força, molhando-os. Esfregaram-se mútuamente com os toalhões e depois foram para  a cama. Ali, corria uma brisa fresca que entrava por entre as frestas das persianas. Catherine estava apoiada nos cotovelos e tinha o queixo sobre as mãos."     

Ernest Hemingway in "O Jardim do Éden"

1 comentário:

  1. Curiosamente, estive, no sábado, a ler o prefácio da sua biografia, brilhantemente, escrita por um escritor e comentador político da nossa praça, que muito aprecio.
    Dizia ele, que Hemingway, apenas desejou viver enquanto o pode fazer intensamente, já que era através das suas vivências que recolhia factos e os romanceava.
    Da sua passagem pela Guerra de 14-18, nasceu 'O Adeus às Armas', aquando da sua participação jornalística durante a Guerra civil espanhola, escreveu 'Por Quem os Sinos Dobram' - que tenho aqui na minha frente - e 'A vida é uma Festa', nasceu de uma saborosa estadia em Paris.

    Um Prefácio que me deslumbrou mais do que as primeiras páginas que li do livro biográfico, da autoria de um escritor americano, que neste momento não recordo o nome. Como o livro anda a ser lido pela pessoa a quem pertence, não o pedi emprestado. E, nem vou pedir....
    Este, que refere, não li!

    Um beijo!
    Janita

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